segunda-feira, 12 de maio de 2008
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Água- A purificação pela água é complementar á do fogo: esta é a purificação pela compreensão até à sua forma mais espiritual: pela luz e pela verdade. As águas representam a infinidade dos possíveis, contém todas as promessas de desenvolvimento, mas também de reabsorção: regressar à fonte para beber uma força nova ou se dissolver, como sucede com a bruxa.
Árvore- Símbolo de vida em perpétua evolução. Ligação entre o céu e a terra (onde mergulha as suas raízes). Simboliza o carácter cíclico da evolução cósmica. Ela coloca em comunicação os 3 níveis do cosmos: o subterrâneo, a superfície da terra e as alturas. Elas são os ancestrais do género humano, as colunas da cabana. Há tradições em que duas àrvores acasalam num ritual de união mística para que uma mulher conceba (associação de água-pedra-serpente-árvore). As duas árvores representam o processo de individualização no decurso do qual os contrários se unem dentro de nós.
Balde- (Que wassilissa leva montanha acima) é como se fosse o nosso intelecto, que até certa altura deixa escapar o conhecimento.
Cabana- A existência corporal e humana, a casa dos ancestrais. “A continuidade entre um esquema mítico-ritual arcaico e a demanda alquimista é ilustrada de modo claro na adaptação e reinterpretação da bem conhecida cerimónia do retorno simbólico às origens. Na antiga Ìndia o arquétipo do ritual iniciático (diksan) reactualiza ao pormenor um regressus ad uterum : o protagonista é fechado numa cabana que representa simbólicamente a matriz: aí, ele torna-se o embrião.” (Mircea Eliade, P. 12 “O Mito da Alquimia”). O acesso ao outro mundo passa pela morte, mas os iniciados saem da cabana animados de uma vida nova, munidos de tesouros misteriosos.
Caldeirão- Os sábios antepassados germânicos e celtas, que veneravam a grande mãe terra, tinham-no como o seu instrumento sagrado de culto. Para eles era onde estava contido o alimento da imortalidade, a forja das transformações alquímicas. Era o recipiente simbólico que continha o fogo da consciência, promovendo a totalidade de tudo o que vive, está na base de toda a vida evolutiva da alma, cuja meta é voltar à fonte original divina, passando por inúmeros níveis de evolução e conhecimento obtidos com as experiências práticas de vida.
Espelhos d’água-portais de passagem para outros níveis. Consciência na qual podemos observar e reconhecer o outro.
Fogo- Trata-se aqui do fogo do espírito ou do conhecimento intuitivo, penetrante e interior. Ele é o motor da regeneração periódica. Iluminação que destrói o invólucro (Buda: “o meu coração é o lar desta chama que eu atiço”). Nos ritos iniciáticos de morte e renascimento associa-se ao seu princípio antagónico: a água.
Floresta- Santuário celta (nemeton)- os templos de pedra só foram construídos por influência romana. Nela tudo é “bom”: a noite, a morte… Tal como o fogo é uma poderosa manifestação de vida.
Lua- Símbolo dos ritmos biológicos, do tempo que passa. Lugar de passagem da vida à morte e da morte à vida.
Marionetas- Do mesmo modo que um shaman aloja no seu corpo espíritos e divindades facilitando a comunicação entre os mundos, de modo similar as marionetas incorporam poderes sobrenaturais. Consideradas em certas culturas como objectos sagrados, elas podem adquirir alento e o seu desempenho sustenta a convicção de que podem auscultar e servir de intermediárias no Além, realizando a comunhão cósmica que o Ser Humano tanto anseia.
Montanha- Mais aberta que o bosque, simboliza a transcendência da manifestação: o castelo interior, o conhecimento de si, símbolo do desejo de iniciação e das dificuldades. É as qualidades superiores da alma , a função supraconsciente das forças vitais, a oposição dos princípios de luta que constituem o mundo e o destino do homem, o termo da evolução humana.
Magia- No “Tratado de Magia” de Giordano Bruno, este sustenta a tese de que o mundo das palavras, como tradução dos pensamentos, tem continuidade no mundo das coisas. A magia está também nisso, na capacidade de alguns, os magos, pela força do espírito provocarem essas mudanças.
Naga- Serpente símbolo de morte e renascimento, símbolo da totalidade humana.
Três- Exprime uma ordem intelectual e espiritual. É uma expressão de totalidade, de conclusão, é o acabamento da manifestação.
Oito- Ponto de encontro entre a realidade física e o infinito.
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